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23 de Abril de 2024

STF decide pela impossibilidade de uniões estáveis simultâneas

O entendimento foi fixado em tese de repercussão geral (RE 1.045.273/SE).

Publicado por Schiefler Advocacia
há 3 anos

Por 6 votos a 5, ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o reconhecimento de uniões estáveis simultâneas.

Os ministros analisaram um caso em que um homem, em união estável, pleiteou o reconhecimento de uma segunda união estável concomitante, com a consequente divisão dos valores decorrentes da pensão por morte.

A tese de repercussão geral aprovada pelo Plenário Virtual do STF (RE 1.045.273/SE) estabeleceu que “A preexistência de casamento ou de união estável de um dos conviventes, ressalvada a exceção do artigo 1.723, parágrafo 1º, do Código Civil, impede o reconhecimento de novo vínculo referente ao mesmo período, inclusive, para fins previdenciários, em virtude da consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo ordenamento jurídico-constitucional”.

O Relator, ministro Alexandre de Moraes, em seu voto destacou que “em que pesem os avanços na dinâmica e na forma do tratamento dispensado aos mais matizados núcleos familiares, motivos pelo afeto, pela compreensão das diferenças, respeito mútuo, busca da felicidade e liberdade individual de cada qual dos membros, entre outros predicados, que regem inclusive os que vivem sob a égide do casamento e da união estável, subsiste em nosso ordenamento jurídico constitucional ideais monogâmicos”.

O ministro Edson Fachin abriu a divergência e foi seguido pelos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, Carmen Lúcia e Marco Aurélio. No seu voto, entendeu ser possível o reconhecimento de efeitos previdenciários póstumos a uniões estáveis concomitantes, desde que presente o requisito da boa-fé objetiva.

Os votos já estão disponíveis e podem ser conferidos através deste link.


Publicado originalmente em: https://schiefler.adv.br/stf-decide-pela-impossibilidade-de-unioes-estaveis-simultaneas/


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1 Comentário

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As cinco pessoas que votaram em favor dessa excrescência (incrível que, nesse meio estão duas mulheres), talvez se enquadrem nessa situação, pois entender que essa "coisa" é correta, nos leva a pensar dessa forma. Imaginem se essa "coisa" pega? Tem tanta gente safada, que convive com três, quatro ou mais "parceiros/as" (que para mim têm outro nome!), o que viraria a divisão do valor por morte? Continuamos "muito bem - mal" de "supremos". Valha-me Deus!!! continuar lendo